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terça-feira, novembro 17, 2009

População é contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte 210 milhões de metros cúbicos de terra e rocha precisam ser retirados para a construção da hidrelétrica. Na obra do Canal do Panamá, foram retirados 203 milhões de metros cúbicos. Fotos: (1) O Rio Xingu; (2) Local determinado para a construção da usina Belo Monte. Antes do recente apagão, vinha ganhando força a discussão sobre a necessidade e a viabilidade da instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, Região Norte do Brasil. O polêmico projeto é o maior do setor desde a construção de Itaipu, a usina binacional gigante, construída na fronteira entre Brasil e Paraguai nas, décadas de 1970 e 1980, durante a Ditadura Militar. O investimento necessário e as dificuldades técnicas para a construção de três pontos de represamento do rio são tão grandes que a obra tem sido comparada à abertura do Canal do Panamá, empreitada executada no começo do século passado que possibilitou a ligação do Oceano Pacífico com o Oceano Atlântico. Um trabalho colossal que demorou 10 anos para ser concluído e no qual morreram 25 mil operários de doenças tropicais como febre amarela e em acidentes. O projeto de Belo Monte conta com amplo apoio do Governo Federal e é considerado estratégico pelo Ministério de Minas e Energia para garantir energia suficiente para o crescimento do País e para manter afastado o fantasma de outros apagões energéticos no futuro. Em 29 de setembro último, durante o 6º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, o ministro da pasta, Edison Lobão, reafirmou que o Governo pretende concluir até o fim do ano o leilão para construção da obra e lamentou a resistência e as críticas à instalação da usina. Entre os opositores estão desde procuradores do Ministério Público Federal até integrantes de movimentos sociais; desde acadêmicos e especialistas da área, índios que vivem em regiões próximas e que serão afetados pelas barragens. A principal reclamação é a maneira como foram conduzidas as audiências públicas e a velocidade com que foram emitidas as licenças ambientais. Os procuradores do Pará, Ubiratan Cazetta e Daniel Avelino, ajuizaram, em setembro, ação civil pública pedindo que sejam feitas novas consultas antes que o projeto seja encaminhado. Eles alegam que a população não teve como participar e que os debates realizados foram insuficientes considerada a dimensão da obra. Como as discussões foram concentradas nas cidades-sedes, milhares de pessoas que vivem em comunidades ribeirinhas acabaram excluídas. Além disso, aconteceram problemas nas audiências. Na de Belém, realizada em 15 de setembro, o teatro com capacidade para 480 lugares ficou lotado e dezenas de interessados acabaram impedidos de entrar pela Força Nacional de Segurança.
>>>Amanhã: O mais profundo mergulho da história...
Fonte: "FU"

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