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terça-feira, setembro 15, 2009

ARMAS DE GUERRA
PM do Rio de Janeiro ganha novos veículos para combate ao tráfico, mas ONG teme pelo dia-a-dia de inocentes.
(Pá carregadeira (foto) será usada para destruir obstáculos que impedem acesso dos policiais)
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro está adquirindo uma linha especial de veículos blindados para destruir barricadas do tráfico nas comunidades do estado. Eles já receberam o apelido de “Transformers dos Caveiras”, numa alusão ao filme estrelado por super-máquinas. O primeiro, já entregue para a unidade, foi uma pá mecânica, capaz de retirar obstáculos a uma altura de até cinco metros. A iniciativa de aparelhar a unidade com pá mecânica, retroescavadeira, caminhões e trator de esteira surgiu há 2 anos. Cada máquina desta frota tem o valor aproximado de R$ 200 mil. Para a coordenadora de projetos da organização não-governamental (ONG) Justiça Global, Camilla Ribeiro, a história recente e as estatísticas mostram claramente que esta política é ineficaz na desarticulação do tráfico de drogas. “Este dinheiro poderia ser investido na infraestrutura das comunidades ou mesmo na formulação de propostas de segurança baseadas em trabalho de investigação e inteligência, e na valorização da vida do ser humano.” Já o coronel Paulo César Amêndola, especialista em segurança, criador do Bope e, atualmente, consultor de empresas, defende esses equipamentos, acrescentando que as operações com essas máquinas obedecem a um planejamento tático: “Esses veículos são estratégicos na medida em que os traficantes ficam em locais privilegiados onde podem monitorar o avanço dos agentes e precisam ser desalojados. Eles colocam obstáculos em vias de acesso à comunidade para impedir ações da polícia a pé ou motorizadas. Para retirar essas barreiras construídas com ferro e concreto e garantir o acesso aos pontos estratégicos, sem risco de vidas inocentes, somente com o auxílio desses equipamentos pesados usados na engenharia civil.” No ano passado, a Unidade de Demolição do Bope destruiu cerca de 75 muros de contenção, barricadas e bunkers construídos por marginais. “Essa é mais uma medida da política de segurança que encara a favela como território inimigo. O Governo comemora as mortes cometidas por policiais em comunidades pobres e não se preocupa com os efeitos que as operações policiais violentas causam no dia a dia dos moradores”, conclui Camilla Ribeiro.

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