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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

TERRA LANÇA S.O.S. - (4)

AS CIDADES MAIS POLUIDAS
Pequim, seguida de perto por Xi'an, Katmandu, Dhaka e Nova Déli, possui o ar mais sujo entre as principais cidades asiáticas, segundo leituras de poluição compiladas pelo Banco de Desenvolvimento Asiático e obtidas durante uma conferência realizada na própria Pequim. A poluição do ar nestas cidades é entre cinco e seis vezes mais alta que os níveis que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera seguros e pelo menos três vezes mais altos que os níveis nas maiores cidades européias e americanas. Apesar de padrões mais rígidos para emissões de poluentes de carros e crescente preocupação e conscientização por toda a Ásia, muitas das maiores cidades da região estão anos de distância de trazerem a qualidade do ar a níveis mais seguros, disseram especialistas reunidos naquele que foi o primeiro encontro entre governos asiáticos voltado especificamente ao assunto da qualidade do ar. "O que conseguimos até o momento foi apenas estabilizar o problema", disse Anumita Roychowdhury, a diretora associada do Centro para Ciência e Meio Ambiente na Índia. "Nós precisamos ser mais agressivos em nossa ação. "A poluição do ar causa 530 mil mortes prematuras anualmente na Ásia, segundo uma estimativa apresentada aqui por Michal Krzyzanowski, um especialista em qualidade do ar da OMS. Para muitos outros milhões, o ar ruim é um incômodo diário. Alguns dos governos asiáticos têm relutado em publicar informação sobre a qualidade do ar em seus países, por temerem afastar turistas e investidores estrangeiros. Mais notadamente, a Malásia deixou de publicar seu índice de poluição do ar durante uma onda ruim de nuvem de fumaça nos anos 90, no momento em que a população mais precisava de informação. Os dados usados neste artigo, comparando os níveis de poluição em 15 grandes cidades, só foram disponibilizados após repetidos pedidos às autoridades do banco. Os dados comparam o que é amplamente considerado pelos cientistas como o componente mais prejudicial na poluição no ar, uma poeira microscópica que se insere nos pulmões e está associada a doenças respiratórias, câncer e outras doenças potencialmente mortais. A lista do Banco de Desenvolvimento Asiático, que mediu as médias de 2005, de forma alguma é abrangente; muitas cidades poluídas na Índia e China estão ausentes. Mas fornece uma perspectiva da escala e extensão do problema da poluição do ar na Ásia. Classificadas de mais sujas a mais limpas, as cidades são: Pequim, com 142 microgramas de partículas por metro cúbico de poeira de poluição, Xi'an (com 129), Katmandu (122), Dhaka (119), Nova Délhi (115), Calcutá (110), Xangai (88), Ho Chi Minh (82), Mumbai (79), Colombo (77), Hong Kong (55), Chiang Mai (54), Surabaya (53), Bancoc (41) e Cingapura (30). Em comparação, Paris tem em média cerca de 22 microgramas, Londres tem 24 e Nova York tem 27, enquanto o limite da OMS é 20. Os poluentes medidos nestes dados tinham o diâmetro de menos de 10 micrômetros, ou cerca de 1/20 do tamanho de uma partícula de poeira doméstica comum, e são de uma classe conhecida como PM10. Mesmo após melhorias impressionantes na qualidade do ar ao longo da última década, Nova Délhi e Pequim, símbolos da ascensão das duas economias gigantes da região, enfrentam uma tarefa imensa de melhorar a qualidade de seu ar. Na Índia, um aumento acentuado no uso de carros a diesel, que emitem níveis maiores de partículas do que os carros movidos a gasolina, provavelmente resultará em ar mais sujo, disse Roychowdhury, do Centro para Ciência e Meio Ambiente. Mas também há histórias de sucesso. Tóquio, com uma população de 35 milhões, apresenta níveis de poluição abaixo dos padrões americanos e europeus. As cidades asiáticas estão no momento seguindo o padrão estabelecido no Japão do pós-guerra: a poluição só foi tratada seriamente depois que segmentos da população adoeceram ou morreram por envenenamento do ar e da água. Em Hong Kong, a maior parcela da poluição do ar prejudicial vem do Delta do Rio Pérola, na fronteira com a China, disse Alexis Lau, um especialista na composição química da poluição da cidade. Ele estima que, em média, 60% a 70% das partículas microscópicas de poeira encontradas no ar de Hong Kong emanam das fábricas e cidades no delta."O problema nos países asiáticos é que esperamos por uma crise antes de agir", disse Jitendra Shah, do Banco Mundial, que lamentou a falta de urgência na abordagem ao problema. "Se você tem um câncer, você precisa extirpá-lo", disse Shah. "Você não pode começar a se exercitar e pensar que vai melhorar.
Na próxima 6a.feira (9), última reportagem da série: "Terra Lança SOS". E após o Carnaval estaremos apresentando novas séries palpitantes para Você. Não perca!

Um comentário:

  1. Estamos acompanhando com interesse essa série especial sobre a irracionalidade com que estão acabando com o nosso planeta.
    Continuem assim!
    Internet e telefone devem ser usados por boas causas.
    Parabéns,
    L.Antonio e amigos.Foz do Iguaçu-PR

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