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domingo, novembro 12, 2006

SAÚDE

Os efeitos da nicotina no cérebro humano

De acordo com estudos da Organização Mundial de Saúde, a cada dia, morrem mais de 10 mil pessoas por causa do tabagismo: o nome que se dá à dependência física e psicológica de tabaco. A soma ultrapassa 4 milhões de mortos por ano. E esses números tendem a aumentar, já que a quantidade de fumantes continua crescendo com o passar do tempo. Estima-se que ele estará dobrado por volta do ano 2020, ou seja, serão cerca de 8 milhões de mortes anuais causadas pelo fumo. Isso sem falar que o cigarro já provoca mais mortes do que a cocaína, a heroína, os incêndios, e a aids, juntos. O tabagismo, encarado como doença há alguns anos, transformou-se num dos maiores problemas de saúde pública. No Brasil, as enfermidades provocadas pelo fumo matam anualmente mais de 200 mil pessoas de idades entre 35 e 60 anos. Diversos tipos de câncer (de pulmão, boca, laringe), derrames cerebrais, doenças do coração (angina, infarto), bronquite e enfisema são algumas das doenças ligado ao uso do cigarro.
As causas do vício. Nosso sistema nervoso possui células especiais chamadas transportadoras, que levam substâncias como os hormônios e os neurotransmissores para locais específicos no cérebro. Esses elementos têm o poder de nos excitar ou relaxar e constituem as respostas naturais que damos aos estímulos do meio ambiente. Numa situação de perigo, por exemplo, as células transportadoras carregam noradrenalina (a popular adrenalina) para o cérebro. Isso causa irritação e estado de alerta. Nesse momento, todas as células do corpo "despertam" e o o organismo fica preparado para lutar ou fugir, conforme a necessidade da situação. Mas onde entra o cigarro nessa história? Bem, o tabaco é rico em uma substância chamada nicotina, que estimula a produção de dopamina, um dos maiores mediadores químicos das células, que atua nos centros de prazer do cérebro. Sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos dopamina. Para compensar, o organismo produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém pára de fumar, fica nervoso ou irritado. Parar é dificílimo "A irritabilidade pode durar semanas e o fumante acaba não agüentando", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da clínica antitabagista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Já se sabe que é a nicotina que causa a dependência. Ela faz a pessoa sentir necessidade de fumar, numa intensidade que varia de acordo com fatores psicológicos e o grau de dependência bioquímica. Por isso, a dificuldade para largar o cigarro é enorme. Além do estímulo à produção de dopamina, a nicotina também provoca vasoconstrição (os vasos sanguíneos "apertam-se" diminuindo seu diâmetro) e aumento da pressão arterial. Ela faz mais ainda: causa mutações no DNA das células, que passam a se reproduzir de forma deficiente - isso constitui precisamente o câncer. Desse modo, enquanto a nicotina dá uma falsa sensação de bem-estar, mascarados por ela milhares de ingredientes venenosos entram no organismo de quem fuma, como bandidos.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo seu blog.
    O assunto levantado hoje, além de esclarecedor, poderia ser útil se sensibizasse às pessoas que encaram a campanha anti-tabagismo como se não lhes dissesse respeito.Exemplo típico é a indiferença da maioria dos fumantes diante da obrigatoriedade da Secretaría da Saúde, ao alertar sobre os seus malefícios nos próprios maços de cigarros. Na minha opinião a campanha mais eficaz seria exigir a presença de um fumante, num hospital, ajudando a tratar de um doente em fase terminal acometido de enfizema pulmonar. Desculpe-me pelo comentário. Mas valeu a sua boa intenção.

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